segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ira


Quando a máscara cAIR

E despertar o inimigo

Quando o indefeso e ARIsco

Tiver seu espaço invadido



Se ao raIAR do sol

Escurecer o seu dia

Se um pequeno RIAcho

Afogar sua fantasia



Não haverá alerta

Ou a quem se alIAR

Faltará a palavra que possa rimar



Um pequeno instinto terá surgido

A IRA o terá consumido

E tudo ao redor estará destruído.


Cezar Augusto



...

Esse poema eu não escrevi especialmente para o blog, mas eu resolvi colocar ele aqui. Originalmente, ele está no blog "Das Cartas que Nunca Mandei", é um blog realmente muito bom, recomendo! Enfim, depois de ter meu texto postado lá, espero que tenha gostado dele também. 
Meu comentário pra esse poema é bem simples, na verdade eu tentei descrever como é ser tomado pela ira partindo do ponto de vista de que ela aparece quando alguém se sente humilhado, desprezado e atingido, ou seja, ela é o pecado capital mais próximo do que chamamos por extinto. A ilustração que eu fiz remete justamente para esse lado: de que quem se vê nessa situação, não enxerga nada além de sua dor, de seu sofrimento profundo e necessita imensamente fazer que seja estabelecida uma justiça seguindo seu ponto de vista de vítima.
Concluindo, eu gostaria de agradecer ao @L_emilio (que é quem promoveu o 'Concurso 7 Pecados' no blog dele e selecionou esse texto como um dos vencedores do concurso, além de dar essa oportunidade para outros internautas realmente MUITO BONS) e também pra quem tem acompanhado essa minha trajetória de rabiscos que tem sido tão legal pra mim e espero que pra você também.
Muito obrigado e até o próximo rabisco! 

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